

Jornalistas da Folha que faziam a cobertura das férias do ex-presidente Lula em Guarujá, litoral sul de São Paulo, foram abordados ontem por um barco com homens a serviço da Presidência. O repórter Fernando Gallo e o repórter-fotográfico Moacyr Lopes Junior tiveram equipamento fotográfico e celular apreendidos.
O ex-presidente está desde terça-feira com a família no Forte dos Andradas, base do Exército no litoral sul.
Ex-presidentes podem usar dependências das Forças Armadas a convite. O ministro Nelson Jobim, que permaneceu na Defesa no governo Dilma Rousseff, disse ontem à Folha que partiu dele o convite para que Lula e família se hospedassem no forte.
A reportagem alugou um barco e, à distância e em mar aberto, tirou fotos da praia frequentada pelo petista. Um dos seguranças se apresentou como agente Mizael e disse que a reportagem teria invadido área militar.
Sem mostrar documento, Mizael e dois homens -identificados como sargento Frederico, do Exército, e agente Rodrigues- apreenderam o equipamento e levaram para o Forte dos Andradas.
O barco alugado pela reportagem foi escoltado por uma lancha da Capitania dos Portos. Segundo um oficial da Marinha, a habilitação do condutor estava vencida.
Mizael alertou: "Sabe que nós fazemos a segurança do chefe, e o chefe não gosta de ser incomodado quando ele está descansando". Afirmou também que poderia "complicar a vida" dos jornalistas em futuras coberturas.
Quando foi retirar o equipamento, o fotógrafo se queixou de que a mochila estava molhada. A Marinha, então, manteve o material retido.
Para o Departamento Jurídico da Folha, "são arbitrários os atos praticados pelo Serviço de Segurança da Presidência da República e o que houve foi uma afronta à liberdade de imprensa".
Mizael alertou: "Sabe que nós fazemos a segurança do chefe, e o chefe não gosta de ser incomodado quando ele está descansando". Afirmou também que poderia "complicar a vida" dos jornalistas em futuras coberturas.
Quando foi retirar o equipamento, o fotógrafo se queixou de que a mochila estava molhada. A Marinha, então, manteve o material retido.
Para o Departamento Jurídico da Folha, "são arbitrários os atos praticados pelo Serviço de Segurança da Presidência da República e o que houve foi uma afronta à liberdade de imprensa".
(*) Fontes:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po0601201104.htm
http://horaciocb.blogspot.com/2011/01/folha-tem-equipamento-apreendido-ao.html
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